A Casa da Criança Paralítica completou nesta terça-feira 69 anos de atividades em Campinas, oferecendo atendimento especializado gratuito a crianças, adolescentes e jovens com deficiência física. A instituição, que no período mais crítico da pandemia, cedeu suas instalações para servir de local de vacinação, é considerada uma das 100 melhores organizações sociais do País.
Para o presidente da Casa da Criança Paralítica, Jonas Lobo, nessas quase sete décadas de atividade, a instituição se tornou referência porque além do profissionalismo dos serviços que presta,busca a inclusão social e a empatia ao próximo.
Fundada em 17 de janeiro de 1954, a Casa da Criança Paralítica surgiu num momento em que crianças sofriam com as sequelas da poliomielite, que hoje é uma doença erradicada, mas Jonas Lobo vê com preocupação a drástica redução na cobertura vacinal para a doença.
Uma das características da Casa é o atendimento multidisciplinar, nas áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, médica, odontologia, psicologia, nutrição, serviço social e pedagogia, além de orientação psicológica e jurídica à família.
Jonas Lobo, contabiliza mais de 360 pacientes atendidos por mês, somando cerca de 18 mil pessoas que já passaram pela instituição, que são na grande maioria pessoas de baixa renda. O sucesso da instituição também é atribuído à equipe de funcionários e às contribuições da sociedade, que mesmo em momentos críticos como ocorreu na pandemia, não abandonaram a causa.
Entre as formas de arrecadação, estão o trabalho de telemarketing, captação da Nota Fiscal Paulista e destinação do Imposto de Renda e projetos de arrecadação, como o Sebo do Sonho, que desde 2022 oferece um vasto catálogo de livros a preços competitivos e o Bazar do Sonho, que representa cerca de 25% do valor administrado pela Casa.