Após o engavetamento com 7 veículos na manhã desta segunda-feira, no Viaduto da Rodovia dos Bandeirantes, na Av. John Boyd Dunlop, em Campinas, volta o questionamento sobre a morosidade no andamento das obras de ampliação. No local há um canteiro de obras, mas com pouca movimentação. A situação tem causado a preocupação constante de motoristas que utilizam o trecho e apesar do alerta sobre o risco, a obra que faz parte do BRT Campo Grande não anda.
Nesta sexta-feira, por pouco o acidente não se tornou uma tragédia, mas felizmente ninguém se feriu. Quem presenciou a cena, chegou a pensar no pior, já que entre os seis carros envolvidos, um saveiro branco chegou a ficar em cima de um Fiesta vermelho que teve afundamento no capô e na frente do veículo.
O motorista, Geraldo Normando, não sofreu ferimentos, mas o susto foi muito grande. Ele conta que reduziu a velocidade ao ver que os outros cinco carros à frente estavam parados, mas um ônibus do transporte público, da linha 224, não conseguiu frear e o atingiu na traseira. Outra vítima do acidente, Marcos Ferreira, conta enfrentar diariamente grande morosidade no trecho, por causa do afunilamento no acesso ao viaduto e cobra urgência na obra.
O vereador do PT, Cecílio Santos, que é membro da comissão permanente de mobilidade urbana de planejamento viário, conta que a recomendação dos vereadores sempre foi para que os viadutos e elevados fossem as primeiras obras a serem erguidas no cronograma do BRT, mas a prefeitura optou pelo inverso. Cecílio disse que quando soube do acidente desta segunda entrou em contato com a secretaria de infraestrutura e as desculpas foram as mesmas.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura informou que as obras já foram iniciadas e não afetam o viaduto porque estão no sentido bairro, num terreno fora do tráfego e alega que a obra é complexa porque o trânsito não pode ser interrompido e a morosidade do trabalho ocorre por causa das chuvas.
O SetCamp, Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de Campinas, informou que após verificar o ônibus envolvido no acidente descarta totalmente qualquer tipo de problema no sistema de freio. As investigações para apurar responsabilidades e a dinâmica do sinistro prosseguem.