O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve o júri realizado em Monte Mor que condenou Thiago Gomes Calado pelo assassinato do então prefeito do Município de Elias Fausto, Laércio Betarelli (PSDB), em outubro de 2015. Ele é acusado dos disparos de arma de fogo contra o prefeito, que visitava uma obra municipal e morreu no próprio local.
A decisão foi pela pena base, fixada em 18 anos e 8 meses de reclusão em regime fechado. Quando aconteceu o crime e houve o julgamento havia sido definido 21 anos de prisão. No entanto, não foi acatada a argumentação da defesa que tentou afastar um dos agravantes do crime, de “uso de recurso que dificultou a defesa da vítima por motivo torpe”.
O texto do relator do acórdão, desembargador Paiva Coutinho, diz que “foi devidamente comprovada, especialmente diante dos depoimentos das testemunhas presenciais, que declararam que o réu abordou a vítima de forma inesperada e efetuou diversos disparos de arma de fogo, causando a morte instantânea do político”.
O crime teria sido motivado por promessa de recompensa de um terceiro homem, que também está preso e julgado em outro processo. Quando concluiu o inquérito, a Polícia Civil apontou o empresário Sérgio Vicente Picão, de 42 anos, como mandante do crime. A investigação apontou que ele pretendia lançar loteamentos irregulares em Elias Fausto, mas os planos eram sempre frustrados por iniciativas do prefeito.