Nesta sexta-feira completou um mês de um dos dias mais tristes de Campinas. Em 27 de dezembro de 2022, a queda de uma imensa figueira branca do Bosque dos Jequitibás atingiu o carro do técnico em eletrônica, Guilherme da Silva, de 36 anos.
Foi uma manhã de chuva forte, com rajadas de ventos, num horário atípico para fortes tempestades, que pegou muita gente de surpresa indo trabalhar.
Ao despencar de dentro do Bosque e atravessar a Avenida General Marcondes Salgado, a árvore ainda atingiu três imóveis, onde não houve feridos. O teto de uma residência despencou e a parte interna também foi atingida e um escritório de advocacia sofreu danos principalmente no telhado e na fachada.
De lá pra cá, se tornou visível a mudança na densidade das árvores do Bosque que ficam próximas à avenida, que sofreram podas drásticas, como forma de evitar novas quedas. No entanto, os imóveis que foram danificados continuam da mesma forma, sem sinal de obras ou reparos.
Após a morte, o Bosque foi fechado e as árvores passaram por podas para diminuir a copa, e consequentemente o peso. Além disso, os galhos que se projetavam para o lado de fora nas vias públicas foram cortados.
Como medida de segurança, a prefeitura determinou também que esse trecho da avenida seja fechado quando a chuva estiver forte. Com isso, moradores e motoristas de Campinas estão começando a perder o medo de passar pelo local, como relata Marcelo Santos.
De lá para cá, as chuvas continuaram fortes e constantes em Campinas e a cidade está em estado de emergência.
Menos de um mês após essa tragédia, outra ocorreu por queda de árvore. A pequena Isabela Firmino, de 7 anos, perdeu a vida nesta terça-feira ao ser atingida por um eucalipto na Lagoa do Taquaral.
Após a segunda tragédia, tanto o Bosque, quanto a Lagoa, que já tinham sido reabertos, foram novamente fechados, assim como todos os 25 parques públicos da cidade, por tempo indeterminado.