Mesmo após a secretaria de serviços públicos ter sido criticada por ter mantido a Lagoa do Taquaral aberta após as dezenas de árvores que caíram durante uma tempestade dias antes da morte de uma criança no mesmo local, vítima da queda de um eucalipto, o secretário da pasta, Ernesto Paulella, disse não se arrepender de nenhuma medida adotada. Ele mantém a alegação de que a tragédia na Lagoa, que também feriu gravemente uma mulher que segue internada no Hospital Mário Gatti, foi uma fatalidade, que não tinha como ser prevista. Paulella disse ter adotado as medidas necessárias, com podas das árvores que apresentavam risco, afirmando que os técnicos não constataram mais risco de queda de novos eucaliptos na Lagoa.
Outro questionamento da população da cidade, tanto na Lagoa, quanto no caso do Bosque dos Jequitibás, onde a queda de uma árvore também fez uma vítima fatal, é de que as podas não foram realizadas de forma adequada. No entanto, Paulella lembra que dados do IBGE de 2020 apontam Campinas como a segunda cidade mais arborizada do Brasil e que as árvores da cidade são protegidas por Leis e por ambientalistas.
A determinação permanente da secretaria de serviços públicos agora é para que os parques municipais de Campinas sejam fechados após o acumulado de 80mm de chuva em 72h. Uma medida de segurança, que no caso do acidente na Lagoa, não seria efetiva, já que mesmo após 72h sem chuva, a árvore despencou por falta de sustentação da raiz encharcada. Mesmo assim, para Paulella, esta não é uma medida inócua, porque o momento atual é atípico, com precipitações recordes de 550mm, e não pode ser usado como base de comparação.