Em junho de 2016, um temporal causou destruição em Campinas e deixou prejuízos calculados em pelo menos R$ 13 milhões. O fenômeno foi classificado como microexplosão, semelhante ao tornado em força e intensidade, mas quando a rajada de vento segue um curso linear, diferente do tornado, em que o vento age em círculos.
Mesmo em menor intensidade, a chuva forte e localizada ocorrida no final da tarde desta terça-feira em Campinas pode ter sido uma nova microexplosão. Segundo a pesquisadora do Cepagri/Unicamp, Ana Ávila, ainda não é possível afirmar se o fenômeno se repetiu, mas as características são parecidas.
Enquanto algumas regiões da cidade em um raio de cerca de 10 km, como o Centro, registraram temporais que concentram parte significativa dos 70 mm de chuva acumulados em Campinas, outras tiveram apenas uma garoa. Mas as nuvens cinzas tomaram conta de uma área mais abrangente. Ana Ávila explica que o céu carregado não significa exatamente que a chuva será forte naquele ponto.
Sendo microexplosão ou não, o temporal desta terça deixou rastros na cidade, como dezenas de quedas de árvore, alagamentos de imóveis, quedas de muros, deslizamentos e erosões.