1 mês da morte de Isabela no Taquaral: o que aconteceu depois?

Foto: Redes sociais

Em janeiro deste ano, a cidade de Campinas ainda estava passando por limpeza e tentando entender a forte tempestade que tinha acontecido dias antes. Foi o maior volume de chuva registrado no país até então, com mais de 120 milímetros.

Muitos estragos aconteceram, árvores caíram em vários pontos da cidade. 

A Lagoa do Taquaral, principal ponto turístico da cidade, tinha sido afetada. Algumas árvores também despencaram, atingindo até mesmo alguns quiosques internos. Uma preocupação imensa.

Em 24 de janeiro, a reportagem da CBN voltou ao local para saber como estava esse trabalho. Até que, por volta das 9h, a repórter Valéria Hein foi surpreendida por um barulho. Ao lado dela, um eucalipto gigantesco desabava.

As informações ainda eram poucas. A Guarda Municipal e o Corpo de Bombeiros mandou todas as equipes de reportagem e frequentadores do parque saírem do local. Era o indicativo de que algo não estava certo.

A notícia, até então, era de que uma criança de aproximadamente 5 anos havia sido atingida.

Além da menina, uma outra mulher foi atingida pela árvore.

As identificações vieram ainda no mesmo dia: Isabela Fermino tinha 7 anos, e morreu no local. Ela foi atingida diretamente pelo eucalipto que despencou. Gabriela de Araújo Rodrigues, de 27 anos, teve várias fraturas.

A partir daí a série de questionamentos começou: porque o Taquaral estava aberto, sabendo que a cidade havia sido afetada por tanta chuva? O que seria feito?

As atenções se voltaram ao secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella.

Paulella refutou veementemente a possibilidade de negligência, apesar da vistoria ter acontecido antes das chuvas consideradas históricas em Campinas. 

A prefeitura decidiu, então, fechar todos os parques públicos da cidade, mesmo aqueles em que, teoricamente, não haveria risco de árvores caírem.

Em 27 de fevereiro, foi a vez do Ministério Público entrar na história.

O velório e sepultamento de Isabela aconteceu em Hortolândia. Isabela era filha de um pastor evangélico, morava com a família em Hortolândia e estava no parque para o aniversário de uma prima. 

As investigações policiais, a cargo do 4º Distrito Policial, continuaram. O secretário Ernesto Paulella e o diretor do Departamento de Parques e Jardins (DPJ), Luís Cláudio Nogueira Mollom, prestaram depoimento.

O repórter Wesley Justino, da EPTV, teve acesso, em 14 de fevereiro, à parte interna da Lagoa do Taquaral. Ele relatou um cenário de destruição, e trouxe, com exclusividade, a informação de que várias árvores precisam ser extraídas.

O trabalho de remoção das árvores continua, segundo a secretaria de Serviços Públicos. 

Outro pedido do Ministério Público, e que ainda está acontecendo, é a interdição da Avenida Dr. Heitor Penteado. A pista externa está fechada no trecho entre a Rua Jaime Sequier e a Avenida Martin Afonso. 

A Lagoa do Taquaral segue fechada. O número de frequentadores caiu drasticamente, mesmo no feriado de Carnaval.

Nove parques estão abertos. Mas, agora, todos vão fechar as portas quanto o acumulado de chuvas ultrapassar 80mm em 72 horas. É o mesmo índice adotado para uma cidade entrar em estado de atenção, segundo a Defesa Civil.

O inquérito que apura a morte de Isabela continua aberto. A Polícia Civil deve ouvir, agora em março, a Gabriela, que está fazendo fisioterapia e tentando retomar a vida.

A família da menina também tenta seguir adiante. 

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