A Comissão Especial de Estudos foi formada para analisar, dar transparência e sugerir melhorias nos contratos da Câmara de Campinas, após o dia 1º de janeiro de 2021. O relatório final desse trabalho foi entregue à presidência da Casa na noite da última segunda-feira (27). O presidente da comissão, vereador Jorge Schneider (PL), informou que nenhuma irregularidade foi encontrada nos contratos da Câmara.
O vereador destaca ainda que a Comissão Especial de Estudos notou que cada compra realizada de aparelhos, provoca uma alta necessidade de extensão de garantias nesse contratos, que custaram caro e oneram o orçamento do Legislativo. A comissão também destacou o alto custo para manutenção e troca dos equipamentos da TV Câmara, que são hoje de responsabilidade do Legislativo. Por essa razão, o relatório final sugere que em uma nova licitação para a prestação desse serviço, a empresa contratada fique responsável por fornecer os equipamentos necessários para a execução dos trabalhos, o que, segundo Scheneider, também deixaria a Câmara livre de custos com as garantias estendidas desse material.
Os contratos da TV Câmara que foram analisados por essa comissão também são alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a suspeita de pedidos de propina para a manutenção e renovação do contrato com a empresa que presta esse serviço. O vereador e ex-presidente da Câmara Zé Carlos é o principal alvo da CPI, e também de uma investigação do Ministério Público de São Paulo. O caso veio à tona em agosto do ano passado, após a divulgação de áudios que indicam os supostos pedidos de propina.
Essa comissão também já está em fase final. A última reunião de trabalho da chamada ‘CPI da Propina’, será nesta sexta-feira (3), às 14h. A data foi definida pelos integrantes da comissão no encontro desta segunda-feira (27), quando estava previsto o depoimento do vereador Zé Carlos, que não compareceu. Ele foi convocado novamente para a reunião desta sexta, numa última tentativa do grupo de ouvir o ex-presidente da Câmara.
