Você gosta de café doce ou amargo? Para a maioria dos brasileiros hoje essa bebida tão tradicional tem saído mais “salgada”. Pelo menos quando se trata do preço. Isso porque segundo levantamento do IBGE, o café subiu 14% nos últimos 12 meses no estado de São Paulo. Porém, ele não está sozinho. Em outras regiões do país foram registrados aumentos no queijo, ovos, bolo, pão francês e também na manteiga.
Além dos consumidores, quem tem negócios ligados a esses itens tem tido dificuldades. É o caso do comerciante Walter Luis. Ele tem uma banca em que vende produtos do café da manhã na esquina das ruas Ferreira Penteado com a avenida Irmã Serafina. No ramo há 6 anos, ele conta que precisou reajustar os preços para poder se equilibrar.
“Precisei fazer as contas pra não ter prejuízo, mas também não dá pra aumentar muito senão o cliente vai embora,” explica.
A Vânia Braga é dona de um quiosque na avenida Francisco Glicério. Ela conta que desde o fim das restrições da pandemia de Covid-19, os produtos do café da manhã subiram bastante. As altas sucessivas prejudicam o retorno financeiro. “A gente ainda não se recuperou 100% e claro ir ao mercado e ver os preços mais altos não ajuda em nada nesse processo,” afirma.
O economista Adnan Jebailey explica que o aumento dos itens do café da manhã está atrelados às condições climáticas e fatores externos. No caso do leite, segundo o economista, a falta de chuvas em determinadas regiões, pode explicar o aumento dos preços.