O descarte irregular de plásticos ameaça os rios e o abastecimento de água. Quem faz este alerta é o Consimares (Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas), composto por sete cidades: Capivari, Elias Fausto, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara d´Oeste e Sumaré, cidades que somadas tem população de cerca de 1 milhão de habitantes.
Na região desses municípios são 650 toneladas/dia de resíduos produzidos pela população, sendo que 100 t/dia são de diversos tipos de plásticos que chegam aos aterros sanitários misturados ao lixo orgânico, resultado do descarte incorreto.
Maurício Baroni, presidente do Consimares, relata que boa parte do que não chega ao aterro tem um destino péssimo para o meio-ambiente. “Em muitos deles os plásticos, garrafas pet, sacolas de supermercado, acabam indo para os mananciais, para os rios, para os oceanos, e o estrago é muito grande para o meio-ambienta, a conscientização tem de partir da população, alguns municípios já tem esse trabalho de reciclagem, e nosso objetivo, do consórcio, é que até 2032 todo esse tipo de lixo tenha a destinação da maneira correta”
Como exemplo de soluções para o reaproveitamento de resíduos, Baroni citou um projeto piloto do Consimares que será implantado em Capivari. “Uma usina aonde nós separaremos todos os restos de mateirais de construção em um pó que pode ser aproveitado em construção civil e manutenção de estradas rurais do município, hoje muita gente descarta material de construção de forma irregular, em terrenos baldios, nós conquistamos uma usina, será um projeto piloto em Capivari que irá atender os sete municípios, e nos próximos dias faremos essa inauguração”.
A Usina Móvel de Resíduos da Construção Civil é composta por um caminhão conjugado a um equipamento móvel que tritura e recicla restos da construção civil. A estrutura já foi entregue ao Consórcio pelo governo do Estado, está alocada em Capivari e, em breve, será disponibilizada para aos municípios conveniados em sistema de rodízio. A capacidade é para o tratamento de até 100 toneladas/hora de entulhos.
Além deste, está em andamento um projeto piloto de compostagem, que utilizará restos de merenda escolar e de podas de árvores, que serão transformados em adubo orgânico, a ser utilizado em parques e praças dos municípios. O projeto é que sejam investidos R$ 500 milhões, e a operação tenha início em 2025.
