As reclamações sobre o transporte coletivo de Campinas têm aumentado nos últimos anos. Um levantamento feito pela Emdec, a pedido da EPTV por meio da Lei de Acesso à Informação, aponta que o número subiu 93,6% nos últimos cinco anos. Em 2018 foram registradas 3.334 queixas, contra 6.456 no ano passado.
O não cumprimento de horário é o assunto que aparece em primeiro lugar desde 2018. No ano passado, foi responsável por 1.932 queixas. Em seguida, os mais frequentes em 2022 foram: não atender embarque/desembarque e motorista imprudente.
Pelas ruas não foi difícil encontrar isso. A reportagem da CBN Campinas percorreu vários pontos nos últimos dias e ouviu diversas reclamações, como a da passageira Maria Aparecida.
A linha mais reclamada é a 173, que liga o Jardim São Vicente ao Parque Itália, que, só no ano passado, teve 77 reclamações. Não cumprimento de horário, embarque e desembarque e motoristas imprudentes também são os motivos apontados pelos passageiros e mais reclamados na Emdec, como diz a consultora de vendas Ana Carolina Damasceno.
Em entrevista ao Estúdio CBN, o presidente da Emdec, Vinícius Riverete, afirmou que o número de reclamações aumentou depois que algumas linhas mudaram de horário ou de itinerário durante o período mais grave da pandemia de covid-19, mas é baixo pelo número de passageiros em Campinas.
Sobre a linha 173, o presidente da Emdec reconhece que as cooperativas têm dificuldade de colocar ônibus suficientes, mas a cidade terá ônibus reservas para suprir a demanda.
Riverete ainda anunciou que começa no dia 31 de março a Operação Piloto do BRT Ouro Verde e que a nova licitação do transporte público de Campinas não recebeu contestações. Já a respeito dos ônibus menores, oferecidos por uma determinada empresa em linhas movimentadas da cidade, o presidente da Emdec afirmou que nem todos os veículos são deste modelo.