A dona de casa Cristiane de Jesus Ferreira mora na Rua Doutora Kazzue Panetta, no Jardim Sul América, em Campinas. Todos os dias, ela precisa levar as filhas na escola. Mas, durante a última semana, o que era uma tarefa cotidiana se tornou uma missão quase impossível. Isso porque a rua, que não é pavimentada, está repleta de buracos e lama. Passar a pé sem se sujar ou escorregar é complicado. Tirar o carro da garagem, também. Os ônibus do transporte coletivo já não conseguem acessar o bairro.
A aposentada Tereza Nogueira da Silva conta que precisa usar galochas pra conseguir caminhar nas ruas do Jardim Sul América, e que os moradores estão praticamente ilhados. Cenário que preocupa a idosa em caso de emergência.
As obras de pavimentação do bairro, que fica próximo ao novo Terminal Campo Grande, em Campinas, começaram em outubro do ano passado. Mais de quatro quilômetros de vias serão asfaltadas, além da implantação da rede de drenagem de água, que já começou. Quem chega na região observa o canteiro de obras e alguns tratores, que deixam depressões nas ruas de terra e pioram a situação nos dias chuvosos.
O presidente da Associação de Moradores do Jardim Sul América, Luiz Felicidade, pede que um método paliativo seja adotado pela Prefeitura para ‘socorrer’ os moradores enquanto a pavimentação não é concluída.
Em nota, a Prefeitura de Campinas informou à reportagem da CBN que está investindo quase R$ 10 milhões na pavimentação do Jardim Sul América. A obra deve durar 19 meses e a conclusão está prevista para maio do ano que vem. A nota também afirma que toda obra causa desconforto e é preciso compreensão, principalmente porque a cidade registrou chuvas intensas no final de 2022 e início deste ano. A Prefeitura se comprometeu ainda a acionar a empresa para que ela melhore o acesso dos moradores