Começou a valer nesta segunda-feira uma mudança no atendimento de crianças com sintomas gripais nos Centros de Saúde de Campinas. Depois de registrar muitos atendimentos nas unidades de pronto-atendimento, a prefeitura busca mudar essa realidade
O objetivo da prefeitura é incentivar o atendimento de crianças sintomáticas respiratórias com menor gravidade nos centros de saúde dos bairros, dessa forma, entende-se que a pressão por atendimentos nas UPAs e Pronto-Socorros tende a diminuir.
Segundo o município, casos considerados leves são de crianças com coriza clara, febre baixa, boa aceitação alimentar e congestão nasal leve. Na semana de 26 de março a 1º de abril, 5.387 pessoas foram atendidas com sintomas respiratórios, sendo que 2.980, mais da metade (55,4%), tinham entre 0 e 19 anos.
Do total de atendimentos, 3.940 (73%) foram feitos em UPAs ou prontos-socorros e 1.447 nos centros de saúde. Para ser atendido, é preciso procurar o centro de saúde de referência.
Entretanto, usuários questionam a agilidade do atendimento nos centros de saúde mesmo para os casos considerados leves. A dona de casa Crislaine Melo da Conceição é mãe de três filhos. Ela utiliza o CS da Vila Orozimbo Maia e diz que o atendimento costuma demorar. Ela explica que quando as crianças apresentam qualquer sintoma respiratório, prefere buscar atendimento no Hospital Mario Gatti por conta da rapidez.
Já a autônoma Geovana Rosa tá grávida de oito meses e faz acompanhamento no centro de saúde. Ela conta que tá difícil conseguir mar a próxima consulta na unidade. Ainda conforme a prefeitura de Campinas, Crianças com desconforto respiratório, febre que não diminui ou muito abatidas devem continuar sendo levadas às UPAs.
Procurada a Prefeitura de Campinas afirmou que vai apurar as reclamações manifestadas pelas usuárias do Centro de Saúde da vila Orozimbo Maia. Porém, afirmou que gestantes sempre têm prioridade no atendimento.