A Unicamp divulgou um comunicado onde o reitor, Antonio José de Almeida Meirelles, o Tom Zé, condenou o que chamou de atos antidemocráticos contra uma feira de universidades israelenses que seria realizada no campus da universidade estadual em Campinas na última segunda-feira, mas suspensa após manifestações onde houve relatos de violência por parte da organização.
Além disso, de acordo com texto da instituição de ensino, o engenheiro de alimentos teve dados pessoais vazados em redes sociais e foi alvo de ameaças veladas.
O comunicado da Unicamp também incluiu nota de repúdio assinada por diretores e diretoras das unidades de ensino e pesquisa.
Destaca-se, no texto: “os manifestantes querem agir na surdina, querem agir via pressão, impedindo a manifestação da opinião diferente. Eles querem levar essas discussões para os bastidores, como as insinuações via redes sociais sugerem”.
O comunicado diz ainda que, pessoas comprometidas com a democracia, tem apenas um caminho: discutir essas questões em espaços públicos, onde as ideias são debatidas.
O reitor também fez críticas às fake news.
Já os diretores e diretoras das unidades de ensino manifestaram repúdio e indignação contra os atos de violência no dia do ato, e ações de intimidação virtual ao reitor.
No dia do protesto, integrantes de grupos contrários e coletivos foram ao local com bandeiras e faixas com mensagens como “Palestina livre” e “Unicamp – território livre de apartheid”.
O evento é motivo de impasse desde quando houve a divulgação por e-mail aos estudantes.