O secretário de Serviços Públicos de Campinas, Ernesto Paulella, disse ao Jornal da CBN que os caminhões terceirizados que levam lixo do aterro Delta A, de Campinas, para Paulínia, tem que circular durante o dia todo.
O questionamento se os veículos poderiam não rodar nos horários de pico foi feito após o acidente como o desta quarta-feira, quando um veículo tombou no retorno da Avenida John Boyd Dunlop na altura da Estação BRT Bandeirantes.
O motorista da carreta contou que foi fechado por uma motocicleta, e, para evitar colidir com o veículo, manobrou e acabou tombando. O peso do caminhão estava menor do que o máximo permitido, segundo a pasta. Ele não ficou ferido. A pista marginal da avenida foi bloqueada durante várias horas, causando um nó no trânsito, que só não foi maior porque agentes da Emdec já estavam na região para a operação da faixa reversível.
Paulella disse que seria praticamente impossível ‘paralisar’ o serviço nos horários de pico, já que é preciso levar uma quantidade muito grande de resíduos para Paulínia.
O lixo produzido em Campinas é transferido para Paulínia desde abril de 2014. Naquela época, o gasto com a “exportação” era de R$ 33,9 milhões.
O motivo dessa decisão foi o fim do funcionamento do aterro Delta A. Criado, em 1992, teve o tempo de uso prolongado por seis vezes, a última delas em agosto de 2013. Uma nova liberação para ampliar a vida útil do espaço poderia causar danos ambientais.
Uma alternativa para que o lixo ficasse na cidade seria a ativação do Aterro Delta B, que fica próximo ao Aeroporto dos Amarais. O funcionamento, entretanto, foi descartado depois que a Prefeitura não conseguiu aval dos órgãos ambientais.
O transporte, naquela época, acontecia 24 horas por dia. Os horários foram reduzidos ao longo dos anos.