A fila de espera para a realização de cirurgias eletivas pelo SUS é um problema recorrente em Campinas e na região. Essa situação é tão antiga que uma solução parece ser algo inviável.
Na rede pública, por exemplo, eram mais de cinco mil pacientes aguardando por cirurgias na semana passada. Porém, na visão do presidente do Sindimed, Sindicato dos Médicos de Campinas e Região, Moacyr Perche, todo esse atraso poderia ter sido evitado.
Na opinião do sindicato, a partir de algumas iniciativas, é necessário direcionar melhor a oferta, já que a procura é muito grande.
De acordo com os dados divulgados pela Rede Mário Gatti à EPTV Campinas, a maior fila é para procedimentos ortopédicos, com 1,5 mil pessoas esperando na fila.
Apesar disso, o setor de neurocirurgia é o que tem maior tempo médio de espera. Mesmo com apenas 25 pessoas, a espera é de 1.246 dias.
Por várias ocasiões a Prefeitura anunciou obras e novas instalações para tentar sanar esse sufoco, mas existe uma dificuldade na contratação de novos médicos. Segundo o presidente, o salário defasado na cidade é o principal motivo.
Segundo o presidente da Rede Mário Gatti, Sérgio Bisogni, a pandemia atrasou todos esses procedimentos. Mesmo assim, as cirurgias eletivas aumentaram mais de 70% de 2021 para 2022.
Outras medidas estão sendo adotadas, entre elas a qualificação da fila, a reforma do quarto andar do Hospital Mário Gatti para implantação de leitos de UTI e de enfermarias cirúrgicas; aquisição de novos equipamentos e reforma das centrais de materiais do Mário Gatti e do Ouro Verde.
Sobre os salários, a pasta afirma que são os praticados pelo mercado, em todos os processos de seleção há grande concorrência pelas vagas.