O Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp, realiza nesta quarta-feira (31) um encontro do Fórum Permanente ‘Alerta precoce para a redução de risco de desastres: um olhar para a Região Metropolitana de Campinas’.
O evento é organizado pela professora e pesquisadora do Cepagri, Ana Ávila, que destaca que o encontro segue uma tendência verificada no mundo todo. “Isso é geral, global na verdade, essas iniciativas da ONU do alerta precoce, e nós estamos alinhados à essas agendas internacionais, e a questão do alerta precoce é mais ampla do que simplesmente alertar se vai chover ou se não vai, acertar nossos alertas, isso é fundamental, e isso envolve tomada de decisão, tem custo envolvido, remoção de pessoas, tem uma serie de iniciativas que devem ser feitas diante aos alertas”.
Segundo a pesquisadora, profissionais de segmentos variados participarão do encontro, como médicos, agentes de comunicação e saúde pública, zoonoses, entre outros. A ideia é trabalhar em um sistema integrado entre as partes, de acordo com a linha adotada pela Defesa Civil Estadual, sendo fundamental o planejamento para lidar com eventos extremos, que tem sido mais frequentes no Brasil nos últimos anos. “Isso envolve academia, e é nesse sentido que a gente constrói e está construindo, e é nesse sentido que a gente vai trabalhando o engajamento, de pesquisa, são necessárias pesquisas, e aí as ações da Defesa Civil baseadas nessas respostas que a gente vai encontrando de que a gente precisa de conhecimento e nível de planejamento”.
E para ter previsões mais precisas, o Cepagri busca ter seu próprio radar, já que atualmente não há nenhum na RMC, sendo o mais próximo um da Força Aérea Brasileira, localizado na cidade de São Roque.
Foi definida que a compra do radar se dará em um acordo com Agencia Metropolitana de Campinas (Agemcamp). O equipamento com custo de R$ 6 milhões terá medição de até 100 km e deverá entrar em operação no ano que vem. “Está em fase de licitação, tivemos uma empresa que ganhou a licitação, mas não conseguiu atender à toda a documentação exigida no prazo necessário, e aí tivemos uma outra empresa, o processo está caminhando, esperamos em breve até meados do ano termos a licitação, porque o sensor leva quase um ano para ser fabricado, mas estamos caminhando”.
O público-alvo do fórum é composto por discentes, docentes e funcionários da Unicamp. O encontro acontece à partir das 9h, no Centro de Convenções da Unicamp, e terá transmissão online ao vivo na página Fóruns Permanentes da Unicamp, no endereço foruns.unicamp.br.
