Funcionário do IBGE agredido por bolsonaristas é vítima e não agressor, segundo MP

Foto: Arquivo pessoal

O Ministério Público de São Paulo entendeu que o funcionário do IBGE agredido por bolsonaristas durante bloqueio ilegal de uma rodovia em Amparo e que foi preso e indiciado pela Polícia Civil por tentativa de homicídio na direção de veículo automotor é, na verdade, vítima do caso, e não agressor.

O caso aconteceu no dia 1º de novembro do ano passado.

Tiago Marcolino Pereira, de 23 anos, alegou que foi ameaçado e agredido antes de furar o bloqueio, sendo perseguido e espancado. Ele teve o nariz fraturado e sofreu diversas escoriações pelo corpo.

Na época, a Polícia Civil afirmou que, com base nos depoimentos colhidos, o servidor do IBGE avançou com a intenção de atingir quem estava fazendo o bloqueio da via deliberadamente, sendo alvo das agressões após o esse fato.

A 3ª Promotoria de Justiça destaca a controvérsia “em torno das circunstâncias que levaram Tiago a escapar ou atravessar o bloqueio”, e destaca que foram considerados depoimentos colhidos pela promotoria, pela sindicância que tramitou no IBGE e por documentos enviados pelo MP e PF.

Ao confrontar os elementos, a promotora Flavia Travaglini Zulian destaca que “não é possível concluir pela existência de indícios de delito contra a vida praticado por Tiago”, ao mesmo tempo que a versão apresentada pelos manifestantes “não é crível diante do contexto exposto”.

Para a promotora, os fatos indicam que Tiago teria sido vítima do crime de lesão corporal, supostamente cometido pelos bolsonaristas que bloqueavam a estrada.

Por causa disso, o MP pediu à Justiça a revogação de medidas cautelares impostas ao funcionário do IBGE, além de que seja reconhecida a atribuição da Polícia Federal para conclusão das investigações.

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