Inquérito que apura morte de menina atingida por árvore no Taquaral é prorrogado

Foto: Valéria Hein

A Polícia Civil de Campinas pediu à Justiça a prorrogação, pela segunda vez, do prazo para concluir o inquérito que investiga a morte de uma criança de 7 anos, atingida por um eucalipto com 20 metros de altura na Lagoa do Taquaral, em janeiro. A tragédia completou quatro meses na última quarta-feira (24). A informação foi confirmada ao g1 Campinas pelo 4º Distrito Policial, que investiga o caso, registrado como morte acidental.

A polícia já registrou uma série de depoimentos, mas ainda precisa ouvir testemunhas levantadas pela família da criança, e além disso, aguarda laudos que serão entregues pelo Instituto de Criminalística (IC). O prazo concedido deve ser de mais 90 dias, segundo o delegado Maurício Geremonte, titular do 4º Distrito Policial, que conversou com o g1.

A engenheira ambiental Gabriela de Araújo Rodrigues, de 27 anos, também ficou gravemente ferida após a queda da árvore. Ela passou por duas cirurgias durante os dez dias em que ficou internada no Hospital Mário Gatti. Entre os relatos já ouvidos pela Polícia Civil estão os feitos pelos pais da menina Isabela Tiburcio Fermino, e da jovem sobrevivente.

O delegado também já ouviu o secretário de Serviços Públicos de Campinas, Ernesto Paulella, e do diretor do Departamento de Parques e Jardins (DPJ), Luís Cláudio Nogueira Mollom. Os depoimentos trataram sobre os laudos divulgados pela Prefeitura de Campinas e produzidos pelos institutos de Pesquisa Tecnológica (IPT) e Biológico (IB). Os documentos apontaram o solo encharcado como provável causa da queda do eucalipto, mas também indicaram que idade da árvore, as raízes pouco desenvolvidas e o solo pobre podem ter contribuído para o tombamento.

Um terceiro laudo, feito pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema) e divulgado durante uma reunião da Comissão de Arborização da Câmara de Vereadores, em abril, apontou novos fatores para o acidente: a perda de copa (galhos e folhas) ao longo dos anos, e a falta de monitoramento sobre a situação das árvores na Lagoa do Taquaral.

De acordo com o delegado, para concluir o inquérito, ainda faltam ser ouvidas testemunhas que o pai da criança irá apresentar, e dois laudos do Instituto de Criminalística (IC): um com um levantamento do local, e outro específico sobre as condições de solo e das árvores do Taquaral.

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