A Rede Mário Gatti divulgou, atendendo pedido da EPTV, uma lista com a fila de espera por cirurgias na rede. Atualmente são mais de 5.160 pacientes aguardando cirurgias, sendo ortopedia a que apresenta a maior demanda: 1.560 pacientes, em seguida vem cirurgia geral, com mais de 1.430, e Urologia, com cerca de 1.030 pacientes. Há ainda na lista oftalmologia, com 580 pacientes, cirurgia pediátrica, com mais de 415, dermatologia com cerca de 115, além de neurocirurgia, com 25 pacientes aguardando.
A maior parte da fila se concentra no Hospital Mário Gatti, mas há também pessoas aguardando procedimentos no Hospital Ouro Verde. Os números compreendem cirurgias eletivas e de urgência. Segundo o presidente da Rede Mário Gatti, Sérgio Bisogni, há fatores que “distorcem” a fila. “Então você tem paciente que está em três filas aqui em Campinas, na PUC, Unicamp e Mário Gatti, paciente que você não localiza, que já foi operado, que faleceu, isso demanda um tempo, cada área tá afinando isso, quando a gente tiver esse número mais real vamos transmitir à população, hoje o que nós temos é isso, mas tenho certeza que tem distorção, que é um pouco abaixo disso.” Há fatores que contribuem para o aumento da fila. A Prefeitura estima que a fila poderia ser 40% menor se não existissem consequências da pandemia.
Outro problema é que algumas cirurgias exigem uma estrutura maior, como as eletivas de alta complexidade. “Elas são operadas praticamente só no Mário Gatti, e eu dependo de UTI, do grau de patologia que esses pacientes apresentam, e há um número grande de pacientes idosos, com muitas comorbidades, então isso implica em você ter uma estrutura para poder realizar essas cirurgias, fora uma equipe altamente capacitada pra isso, as eletivas simples, de ortopedia particularmente, acho que tão indo particularmente bem pois são operadas nos dois hospitais”, explica Bisogni, que citou as cirurgias de ortopedia pois, além de ser a categoria a com maior número de pacientes aguardando, é o tipo que vem registrando um grande aumento após o auge da pandemia, em especial, segundo ele, devido ao alto número de acidentes envolvendo motociclistas.
Entre as soluções propostas pela rede estão o aumento da equipe cirúrgica e a reforma com aumento da capacidade funcional do Centro Cirúrgico do Hospital Mário Gatti, além da construção no 4º andar do hospital de uma UTI cirúrgica com 10 leitos.
