O surto de febre maculosa em Campinas causa preocupação nas autoridades de saúde e nas pessoas que frequentam áreas de mata. A taxa de letalidade é alta. Somente na cidade, 63% das pessoas que contraíram a doença nos últimos cinco anos morreram.
A doença não é recente e a ciência tenta conter a proliferação. Uma das esperanças é o possível surgimento de uma vacina. O trabalho é longo, mas um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo estuda uma forma de matar o carrapato-estrela por meio da ingestão de uma substância, como explica Andréa Cristina Fogaça, professora do Departamento de Parasitologia da USP.
Mas uma vacina contra a febre maculosa, caso os estudos comprovem a eficácia, vai demorar a ser lançada, pois um surto é diferente de uma emergência, como foi o caso da covid-19. A coordenadora do estudo afirma que são necessários recursos financeiros para o avanço do trabalho.
A vacina, segundo os pesquisadores da USP, também teria impacto econômico. Diminuindo a densidade populacional do carrapato-estrela na pecuária, diminuindo a chance de anemia do gado, que não transmite a febre maculosa, mas é afetado pelo aracnídeo.