Apenas um laudo pericial pode fazer com que a prefeitura de Campinas seja obrigada a arcar com os custos das reformas das casas atingidas pela árvore que ficava no Bosque dos Jequitibás, em dezembro do ano passado.
É o que explica o advogado Paulo Braga, especialista em Direito Constitucional. Ele afirma que o laudo precisa apontar se houve omissão ou não do município na manutenção da árvore.
Seis meses depois da tragédia que matou um homem de 36 anos quando uma figueira despencou em cima do carro dele e de mais três casas, dois imóveis continuam do mesmo jeito. Sem nenhum sinal de obra.
Quem passa pela rua General Marcondes Salgado não vê nenhum sinal de obra nas duas casas atingidas pela árvore. A casa de número 673 está com o teto danificado, vidros quebrados, blocos aparentes e sujeira, porém, está com os portões fechados.
Já na casa 683 a situação parece ser mais grave. A proteção metálica colocada na entrada foi pichada e não há mais correntes. No local a reportagem da CBN constatou a presença de pessoas em situação de rua. Na garagem deu pra ver restos de alimentos e embalagens plásticas.
Uma outra residência que fica na rua Hilário Magro Jr., foi atingida apenas por galhos. A fachada da casa foi reformada.
A prefeitura de Campinas informou que, com relação a casa 673, ela continua com interdição total. O proprietário foi intimado a colocar o imóvel em condições de segurança. Neste caso, para que a interdição termine, o proprietário tem que apresentar um laudo de um engenheiro responsável afirmando que os problemas foram resolvidos e um fiscal realiza vistoria.
Sobre a casa 683, que tem sinais de presença de moradores de rua, a prefeitura disse que ele não foi interditada, mas que o dono foi intimado a fazer consertos.
Já a casa da rua Hilário Magro Jr. não teve interdição e o dono não foi intimado. A nossa produção também pediu mais detalhes, mas o Executivo afirmou que os processos são sigilosos.
