Uma situação incomum vem trazendo problemas para moradores da área do limite entre os municípios de Americana e Santa Bárbara d’Oeste. É que os municípios são conurbados, ou seja, possuem área urbana contínua entre os dois municípios, sem que haja algum tipo de separação. O inusitado é que há até uma via em que um lado da rua fica em uma cidade, e o outro na outra, e com isso a rua tem dois nomes: rua Francisco Corati, em Americana, e rua Santiago, em Santa Bárbara d’Oeste.
E isso gera um grande problema na manutenção da via, pois há um desentendimento sobre de quem é a responsabilidade pela manutenção. Enquanto isso, a rua segue cheia de buracos e com a sinalização praticamente apagada, o que revolta moradores e comerciantes do bairro, como o funileiro Clecius Andrade. “As duas cidades deviam entrar num acordo e fazer o asfalto, né? Agora nenhuma das duas, fica nessa lengalenga, não é de ninguém essa rua aqui”. A comerciante Adriana Silva afirma que a responsabilidade tem de ser dividida. “É tem que ser as duas, tá na divisa aqui, porque a metade da calçada é Americana, e metade Santa Bárbara.”
Em nota, a Secretaria de Obras e Serviços Urbanos de Americana informou que as prefeituras das duas cidades estão realizando um levantamento dos locais que precisam de melhorias e que ficam nos limites entre os dois municípios. “Pois para a realização das obras é necessário que seja firmado um convênio.” Já a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste disse que as vias citadas pela reportagem pertencem ao município de Americana.
O cientista político e colunista da CBN Campinas, Bruno Silva, afirma que diante do impasse outras alternativas devem ser buscadas. “Ministério Público, não tem o que fazer, se a prefeitura não se responsabilizar, Ministério Público, fala ‘eu não sei quem é o responsável, o meu IPTU vem cobrando no município tal, ele vem aqui em Americana, ele vem em Santa Bárbara, Mistério Público, não faz na minha rua, eu quero uma resposta, eu quero uma devolutiva”, faz a denúncia abaixo assinado, vai na câmara de vereadores, subscreve um conjunto de cidadãos, usa a tribuna livre, faz barulho, porque não tem o que fazer.”
O auxiliar de serviços gerais e morador da região, Antônio Marangoni, conta que a vizinhança até tomou algumas dessas atitudes em busca de uma solução, mas ela ainda não veio. “A gente fez abaixo-assinado, a gente já fez tudo o que pode aqui, mas está difícil, o pessoal um alega que não pode fazer porque a parte dele é Santa Bárbara, outro alega que a parte dele é Americana.