Vacina contra dengue chega na semana que vem, mas custará até R$ 1 mil

Foto: Guilherme Pierangeli

Campinas vive neste ano uma epidemia de dengue, com quase 9 mil casos confirmados, além de duas mortes. É neste cenário que chega ao mercado a primeira vacina para pessoas que nunca tiveram a doença. Ela é fabricada pela farmacêutica japonesa Takeda, e foi aprovada para uso no Brasil no mês de março pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A promessa é que a vacina comece a chegar às clínicas particulares na próxima semana. Ela será aplicada em duas doses, e além da picada no braço, a vacina deve doer também no bolso, pois são duas doses, com custos que variam entre R$ 400 e R$ 500 cada uma. Ou seja, cada pessoa que irá se imunizar terá de gastar entre R$ 800 e R$ 1.000.

Nossa reportagem entrou em contato com três clínicas de vacinas de Campinas. Em uma, a previsão é que a vacina esteja disponível a partir da semana que vem, ao custo de R$ 470 por dose. Nas outras duas a previsão é as vacina chegue no mês de julho, e ainda não há definição sobre o preço. Em nenhuma há fila de espera.

Juliana Figueiredo é a enfermeira responsável por uma clínica de vacinas no bairro Taquaral. Ela afirma que até o momento a procura está baixa. “A procura ainda é pequena aqui na clínica, a gente recebe em torno de uma ou duas ligações por dia, pra quem quer saber mais informações. Bem provavelmente, quando a vacina tiver disponível, a procura deve aumentar.”

Uma outra vacina contra a dengue, a Dengvaxia, fabricada pela Sanofi, já estava disponível em clínicas particulares do país, mas ela é indicada apenas para pessoas de 9 a 45 anos que já tiveram dengue, conforme explica o Marcos Tendler, da Associação Brasileira de Clínicas de Vacina. “A principal diferença entre elas é porque a Dengvaxia é uma vacina que a utilização dela é para quem já teve contato com vírus, já com a nova vacina é uma vacina que pode ser utilizada por toda a população, tanto que teve contato com vírus, quanto quem nunca teve a doença, e nesse caso vai poder se proteger contra quatro tipos do vírus, 1, 2, 3 e 4.”

Ainda não há uma definição sobre se a nova vacina será disponibilizada na rede pública de saúde, uma vez que o ministério da Saúde está avaliando a incorporação. A vacina é indicada para pessoas entre 4 e 60 anos e, nos estudos clínicos, demonstrou uma eficácia geral de 80,2% para evitar contaminações, e de 90,4% para prevenir casos graves.

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