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Campinas 249 anos: número de moradores de rua preocupa Assistência Social

Foto: Prefeitura de Campinas/ Arquivo CBN

Andar pelas ruas de Campinas, especialmente na região central, é dar de cara com uma realidade muito difícil: a dos moradores em situação de rua. Em qualquer esquina, em qualquer cruzamento, dezenas de pessoas estão ali, pedindo dinheiro, tentando sobreviver em alguma forma. É um desafio imenso para todos os entes públicos.

Dados de 2021 da prefeitura de Campinas apontam que 932 estavam nas ruas da cidade.
Grande parte deste público é formado por homens — 81,5%. Mulheres representam 16,2%. Pessoas que se autodeclararam transgênero são 1,4%. Outros gêneros, 0,9%.

Uma dessas formas de tentar trazer um pouco mais de humanidade é o programa “Mão Amiga”, que oferece cursos básicos, como jardinagem, paisagismo, hidráulica e elétrica predial. Desde 2016, já formou quase 10 turmas diferentes de pessoas que buscaram a reintegração social.

A rede de acolhimento em Campinas conta com a Casa Abrigo e o Centro Pop. Não é possível ‘obrigar’ as pessoas a irem aos locais, mas as equipes tentam convencer as pessoas em situação de rua a passar pelos locais.

Outro conceito que passamos a usar cada vez mais é o de ‘vulnerabilidade social’. Uma pessoa é considerada nesta situação quando recebe pouco dinheiro ou tem alguma condição que prejudique o desenvolvimento do ambiente familiar.

A propósito, é considerada pobre a família que tem renda de até R$ 655 por mês, e extremamente pobre aquela que recebe até R$ 208 mensais.

Muitas famílias inteiras se encaixam nesses dois conceitos. A secretária explicou que as ações voltadas para esses exemplos não dependem apenas da prefeitura, mas sim de uma coalizão com o governo do Estado e governo Federal — o Cadastro Único é o principal acesso aos programas sociais, além do apoio da sociedade civil.

Por tabela, a vulnerabilidade social também passa pela fome. Um tema que ficou ainda mais em evidência após a pandemia de covid-19. A campanha Natal Sem Fome, realizada no ano passado, começou mais cedo e com um viés maior, para tentar fazer com que mais pessoas fossem beneficiadas. Em 2020 foi criado o aplicativo VIVA VIDA, em parceria com o Centro de Pesquisas Avançadas Wernher Von Braun e a Diretoria Executiva de Planejamento Integrado da Unicamp, para facilitar os cadastros das famílias e gerenciamento da distribuição para o recebimento de Cestas Básicas.

No ano seguinte, em 2021, o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Campinas produziu o primeiro plano para o enfrentamento da questão da insegurança alimentar. Foram produzidas mais de 21 mil refeições até fevereiro deste ano, em uma demonstração de que, em conjunto, as forças funcionam.

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Campinas também tem o Banco de Alimentos, que fornece cestas básicas à população nos quais se procura disponibilizar uma dieta balanceada à população socialmente vulnerável. O programa “Campinas solidária e sustentável” busca criar núcleos de agricultura urbana em áreas socialmente vulneráveis, ampliando a oferta de alimentos frescos e saudáveis à população. Sem contar o Viva Leite, que atende mais de 2,5 mil crianças. O Cartão Nutrir, que foi expandido e dá dinheiro para que 6,5 mil famílias possam comprar alimentação.

A questão da assistência social é talvez a que mais próxima está da gente que circula todos os dias pela cidade. Há muitos problemas, como existem em todo o país.

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