A Ouvidoria da Polícia Militar de São Paulo abriu um procedimento para apurar a morte de Wesley Henrique dos Santos Silva, de 22 anos, atingido por uma viatura da PM em Hortolândia na noite de sábado.
A batida ocorreu durante uma perseguição, mas a família aponta que ele foi confundido com criminosos que estavam de fato em fuga.
Segundo o boletim de ocorrência do caso, o jovem estava em uma motocicleta no Jardim Amanda.
Os policiais que estavam em patrulhamento no local relataram que ele dirigia de forma perigosa, acelerando e ultrapassando semáforos fechados.
Os agentes disseram que deram sinal de parada na Avenida Santana, mas o jovem não teria obedecido e inclusive admitiram ter perdido a motocicleta de vista na sequência.
Nesse momento, eles pediram apoio de outras viaturas que estavam nas proximidades para iniciar a perseguição ao condutor.
Depois disso, segundo o boletim, já no bairro Jardim Boa Esperança os policiais contaram que viram o jovem entrar com a motocicleta na contramão da Rua Francisca Fátima de Oliveira para fugir.
Nesse momento teria ocorrido o acidente, uma batida frontal entre uma outra viatura e a moto do rapaz.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas Wesley Henrique dos Santos Silva não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Porém, a família de Wesley contesta a versão dada pelos policiais. Os familiares afirmaram que ele foi confundido com criminosos em fuga, já que estaria voltando do trabalho.
O caso foi registrado na Delegacia de Plantão de Hortolândia como homicídio culposo na direção de veículo automotor e colisão.
O corpo do jovem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para exame necroscópico, e a Polícia Civil pediu exames periciais ao Instituto de Criminalística.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo reiterou a versão dos policiais em boletim de ocorrência, e mencionou que a perseguição ocorreu após os PMs terem observado o jovem supostamente em alta velocidade e desrespeitando o sinal vermelho do semáforo.