A decisão da Prefeitura de Mogi Mirim, de sacrificar as capivaras que estiverem contaminadas pela febre maculosa, não é eficaz para combater a doença. Essa é a conclusão do professor de doenças infecciosas, Harald Brito. Segundo o especialista, o efeito pode ser o contrário, porque o carrapato-estrela procuraria outros mamíferos.
O professor lembra quando as capivaras foram mortas após três óbitos de funcionários do Lago do Café, em Campinas, há 15 anos, que não erradicou a doença no município. Harald Brito explica que a solução seria medicar as capivaras com vermífugos, que matariam o carrapato-estrela e evitaria a contaminação de humanos.
O manejo dos roedores seria eficiente apenas com a medicação, por causa da diminuição dos hospedeiros. Caso as capivaras que não têm carrapato-estrela fossem isoladas das outras, elas continuariam em risco por estarem desprotegidas, de acordo com o especialista.