A Unicamp e o Instituto de Economia publicaram uma nota nesta sexta-feira para apoiar a escolha de Márcio Pochmann para a presidência do IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Pochmann é professor aposentado e colaborador da universidade.
Em trecho do comunicado, a Unicamp “lamenta profundamente as tentativas de desqualificação do nome dele”.
Desde o anúncio da indicação de Pochmann, diversas manifestações foram publicadas em redes sociais, lembrando a gestão do petista no Instituto de Pesos e Medidas do Estado e acusando de uma possível manipulação de estatísticas.
Os críticos avaliam que a escolha de Márcio Pochmann pode abalar a credibilidade do órgão e prejudicar a economia porque o Instituto desenvolve pesquisas que servem como referência para a definição de políticas públicas no Brasil.
“Não parece o tipo de recurso que engrandece o debate num momento de necessária reconstrução das relações políticas e institucionais no Brasil”, escreveu a Universidade Estadual de Campinas na nota de apoio.
A polêmica também atingiu setores do governo federal. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, pasta a qual o IBGE está subordinado, havia dito ao Jornal da CBN que não tinha qualquer informação de troca de nomes no comando do Instituto.
O anúncio foi feito pelo governo na noite de quarta-feira, pegando de surpresa Tebet.
Entre os posicionamentos mais polêmicos e controversos de Márcio Pochmann estão críticas também ao imposto de Renda de 60% para quem ganha acima de R$ 50 mil.
O economista também defende aumento de gastos públicos e jornada de trabalho de 4 horas, em três dias por semana.