Um homem de 41 anos e uma mulher de 23 foram presos em Indaiatuba por suspeita de se passarem por oftalmologistas. As prisões aconteceram no Jardim Tancredo Neves.
De acordo com o boletim de ocorrência, eles atendiam clientes em uma van, onde realizavam exames de vista e prescreviam lentes.
A Guarda Civil Municipal recebeu a denúncia de que um veículo estava vendendo óculos de forma ilegal e que as prescrições médicas eram feitas por pessoas não credenciadas. No local, ao ser abordada, a dupla disse que atuava com a venda de armações.
Porém, durante uma busca pela van, os agentes encontraram receitas e um equipamento refrativo, usado em exames oftalmológicos.
À EPTV, o agente Álvaro explicou que, ao serem questionados sobre quem era o médico responsável, o homem admitiu o crime.
Com isso, a Vigilância Sanitária foi chamada e apreendeu o material. Ainda segundo o registro policial, uma cliente relatou que os vendedores passaram pela rua dela semanas antes oferecendo o exame gratuito.
Ela também precisou pagar R$ 700 pelo óculos de grau, que alegou não atender a necessidade real.
De acordo com o policial, esses suspeitos já passaram por diversas outras cidades da região com esse mesmo veículo.
Na delegacia, o homem afirmou que é optometrista e sócio de uma ótica com a irmã há um ano, que contam com médicos parceiros e não fazem exames. Alegou ainda que divulgam os serviços na internet ou por panfletos.
Ele também declarou que os clientes vão ao local com receita médica e, caso não possuam prescrição, passam por exame com aparelho refrator para definir o grau. A mulher presa com ele acrescentou que trabalha apenas nas vendas.
Já a irmã do suspeito teria dito que, embora usem o mesmo nome fantasia, tem CNPJ diferentes.
Os dois supostos vendedores foram presos em flagrante. A Prefeitura de Indaiatuba estabeleceu multa pela prática indevida.