As obras do Trem Intercidades São Paulo-Campinas (TIC) terá investimentos do novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). A medida foi anunciada pelo governo federal em uma cerimônia realizada no Rio de Janeiro.
Segundo o governo, o novo PAC vai investir R$ 1,3 trilhão em todo o Brasil até 2026. Só no Estado de São Paulo serão R$ 179,6 bilhões. O projeto também contempla a aceleração de obras em andamento e novos investimentos, além de retomar obras paradas.
O primeiro valor previsto para o projeto foi de R$ 7,5 bilhões. No ano passado, a quantia foi alterada para R$ 10,2 bilhões. De acordo com o governo estadual, o novo montante, de R$ 12,8 bilhões, inclui correção inflacionária. O valor que será repassado pelo novo PAC não foi confirmado.
O trem deve percorrer os 101 km entre São Paulo e Campinas no tempo previsto de 1 hora e 4 minutos, atendendo também as cidades de Jundiaí, Louveira, Vinhedo e Valinhos. A proposta é que as viagens do serviço expresso tenham intervalos de 15 minutos nos horários de pico.
As interligações previstas são:
Serviço Expresso (Trem Intercidades): São Paulo a Campinas, com parada em Jundiaí;
Serviço Linha 7 Inicial e o Serviço Linha 7-Rubi: conectam a Estação Barra Funda, em São Paulo, a Jundiaí, e atende às cidades de Franco da Rocha, Francisco Morato, Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista;
Serviço TIM (Trem Intermetropolitano): vai de Jundiaí a Campinas, e atende também Louveira, Vinhedo e Valinhos.
O Secretário de Parcerias em Investimentos (SPI), Rafael Benini, acredita que o serviço intermetropolitano estará em funcionamento até 2029, enquanto o trem expresso, que prevê apenas uma parada de dois minutos, deve começar a operar até 2031.
O valor estimado da tarifa do serviço expresso, definido a partir de pesquisas sobre potencial e demanda, é de R$ 64, mas a companhia vencedora da concorrência pode oferecer um valor inferior ao teto.
Uma passagem de ônibus entre Campinas e São Paulo está na faixa de R$ 48. Já quem usa carro próprio paga em torno de R$ 24,60 somente de pedágios, considerando-se o uso da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348).
A expectativa é que o serviço expresso seja atendido por um trem com capacidade para 800 passageiros, operando em intervalos de até 15 minutos nos horários de pico. Com isso, a previsão é de que até 60 mil passageiros sejam atendidos por dia em todos os serviços.
Para a realização do serviço expresso, o edital prevê que a empresa implante trens cuja velocidade máxima chegue a 140 km/h, considerada uma velocidade média.
O projeto também inclui a implantação de um serviço metropolitano entre Campinas e Francisco Morato, e estabelece atendimentos a outros municípios do interior paulista como Louveira, Valinhos e Vinhedo. A extensão dessa operação seria de 65,8 km, com nove estações e velocidade comercial de 56 km/h. A estimativa é que o tempo de viagem dure 55 minutos.
Além disso, as composições vão contar com banheiros, incluindo os acessíveis; telas pelos vagões para informar detalhes sobre a viagem e trajeto, que poderão ser explorados para publicidade; Oferta de sinal de internet, tomada e porta USB.
Por fim, a projeção é que o empreendimento gere 10,5 mil empregos diretos, indiretos e induzidos.