Amigos, familiares e integrantes de vários movimentos e coletivos protestaram, na tarde deste sábado (16), após a morte do historiador Gilberto Pereira, de 31 anos, encontrado na região do Distrito do Ouro Verde, em Campinas. O suspeito foi preso na sexta-feira (15), após confessar ser o autor do crime.
Segundo a Polícia Civil, o homem, de 23 anos, disse que discutiu com a vítima, mas não apresentou justificativa. Ele já é réu por por um outro homicídio, que ocorreu 2021, quando um idoso de 61 anos morreu com mais de 20 bengaladas na cabeça. Já Gilberto foi encontrado morto com marcas de pedradas na cabeça, na Vila Mingone, no dia 10 de setembro.
Caio Gusmão Ferrer, pessoa não binária, era amiga do historiador, e conta que a marcha foi organizada para combater preconceitos. Gilberto era negro e homossexual. Luiz Fernando Pereira da Silva, irmão do Gilberto, também participou do protesto. Ele conta que o historiador tinha medo de sofrer agressões por ser vítima de preconceitos.
Com cartazes, faixas e camisetas estampados com o rosto de Gilberto, a marcha partiu da Estação Cultura até a Praça Bento Quirino, no Centro de Campinas. Jenice Pizão foi uma das apoiadoras, e se emocionou falando do crime.
A mãe da vítima contou à polícia que esteve com o filho no dia do desaparecimento, em um bar. Por volta das duas da manhã, ela decidiu ir embora, mas ele preferiu ficar. Imagens de segurança mostram Gilberto indo embora do bar, acompanhado do suspeito do crime. O irmão, que dias depois, precisou reconhecer o corpo do historiador, fez uma tatuagem de Gilberto no braço.
O homem de 23 anos, preso pelo crime na última sexta-feira (16), deve responder por homicídio triplamente qualificado.