Algumas estações do Corredor Perimetral do BRT, implantando no antigo leito do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), são alvo de vandalismo. Essas estações estão prontas, mas ainda não estão em uso. As estruturas, apesar de novas, já apresentam marcas de desgaste e sinais de vandalismo.
O problema foi verificado, principalmente, na Estação Jardim Miranda, na Rua Júlio Ribeiro de Menezes, que está toda pichada. Nas escadas que dão acesso á estação, a reportagem da CBN encontrou marcar de urina. Mais adiante, no mesmo corredor, na Estação BRT Vila Pompéia, também há pichações por toda a estrutura. Os locais, que ainda não estão liberados para o acesso de veículos, são usados para caminhadas. Porém, são pouco frequentados, o que facilita a ação dos vândalos.
A reportagem da CBN questionou a Emdec, que informou que a situação nas estações é recorrente, o que dificulta a manutenção. Somente nos últimos 10 dias, a Emdec substituiu 10 peças de vidro vandalizadas nas estações do Corredor Perimetral: foram sete peças na Estação Pompeia, duas na Estação Cidade Jardim e uma na Estação Aurocan, todas ainda não ativadas.
A Emdec informou ainda que por conta das ações recorrentes de vandalismo, algumas peças deixam de ser repostas para evitar novos danos e prejuízos, e que para coibir situações deste tipo, a Emdec vem intensificando as rondas realizadas pelas equipes de Segurança Patrimonial nesta região e, também, conta com o apoio da Guarda Municipal.
Além disso, está em fase de implantação um sistema de monitoramento e segurança eletrônica (CFTV) para identificar e coibir as ações de vandalismo em estações dos corredores BRT. O sistema permitirá o monitoramento 24 horas por dia.
Vale lembrar que, recentemente, a Prefeitura de Campinas divulgou um balanço sobre os gastos anuais com atos de vandalismo no município. O valor é de R$1 milhão de reais, que inclui: serviços de reposição de grades de boca de lobo, fiações da iluminação furtadas, limpeza de monumentos, prédios públicos pichados, e conserto ou troca de equipamentos das academias ao ar livre.
Na terça-feira passada (12), por exemplo, um incêndio atingiu parte da área interna da Lagoa do Taquaral. As chamas consumiram uma área de mata, perto da base da Guarda Municipal. Segundo a Prefeitura de Campinas, um ato de vandalismo deu início ao incêndio, após um grupo de pessoas atear fogo em uma touceira de bambu.
Ainda segundo a prefeitura, a demanda da última semana reuniu pichação de banheiros da Lagoa do Taquaral e de placas de informação. Na região do parque houve, ainda, a destruição de mais de 40 mudas de árvores nativas, que tiveram que ser replantadas.
Quanto ao valor gasto nos atos de vandalismo, a prefeitura aponta que os recursos poderiam ser empregados em outras áreas, como: urbanização de um parque ecológico ou praças; recape de vias públicas, reforma de quadras escolares, entre outros.
Para tentar combater os atos de vandalismo, a Prefeitura de Campinas também informou recentemente que está preparando uma campanha de conscientização sobre o tema, que deve circular, principalmente, nas redes sociais.