A Polícia Civil começou a ouvir nesta segunda-feira os proprietários da empresa que explodiu na sexta-feira passada em Cabreúva, causando a morte de três trabalhadores e pelo menos 12 pessoas feridas.
Foram intimados o engenheiro e um técnico da empresa. O proprietário da metalúrgica também seria ouvido, mas teve o depoimento adiado.
No sábado, fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego foram ao local do acidente. A equipe de auditores fez um levantamento sobre a situação da empresa Tex Tarugos.
Eles vistoriaram equipamentos e verificaram a questão da segurança dos trabalhadores. De acordo com o Ministério, a empresa não tinha alvará de funcionamento, além de ter histórico de desconformidades nas operações, incluindo problemas como falta de manutenção dos equipamentos.
Conforme a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a empresa recebeu quatro advertências e duas multas e não tinha licença para operar.
A empresa informou que está oferecendo apoio psicológico às vítimas e familiares, mas não deu detalhes de como isso está acontecendo. Por outro lado, houve uma mobilização de uma rede de solidariedade no município. Uma clínica particular ofereceu tratamento gratuito para vítimas e familiares.
A explosão aconteceu no bairro Pinhal, em um forno da empresa. Ainda não há informações sobre a causa do acidente.
A Prefeitura de Cabreúva informou que o prédio foi totalmente interditado pela Defesa Civil, e que a empresa não tinha alvará de funcionamento. Até houve um pedido, em 2020, negado por falta do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, o AVCB.
Dos feridos, há pessoas internadas no Hospital de Clínicas da Unicamp e Hospital Estadual de Sumaré. Todos estão com queimaduras graves.