A dona de casa Adriana Costa perdeu o filho Gustavo, de 21 anos, após ele bater a moto que pilotava em um poste. O jovem havia saído para beber com amigos. No final da festa, cambaleante, não foi impedido pelos colega que o ajudaram a subir no veículo. Infelizmente ele não voltou pra casa. Hoje a mãe convive com a dor, a saudade e a indignação.
No primeiro semestre deste ano 70 pessoas morreram em acidentes de trânsito em Campinas. O número é 5,41% menor do que o mesmo período de 2022, quando 74 pessoas perderam a vida. No trecho urbano foram 33 pessoas mortas, contra 38 em 2022, diminuição de 13,2%. O álcool e o excesso de velocidade foram as principais causas de acidentes.
Apesar do número positivo no trânsito urbano, nas rodovias a mortalidade aumentou quase 3%. Foram 37 mortes no primeiro semestre de 2023 e 36 no ano passado.
Os motociclistas ou garupas foram 38,6% (27 óbitos) das vítimas seguidos pelos pedestres.
Presidente da Emdec, Vinicius Riverete falou sobre este quadro durante o lançamento da Semana da Mobilidade Urbana de Campinas, nesta sexta-feira (15), na sede da autarquia. Ele acredita que o trabalho executado está na direção correta, mas ainda é preciso reforçar o peso dos atos de todos que fazem parte do trânsito.
Entre as vítimas de acidentes fatais no trânsito, motociclistas e pedestres lideram este triste ranking. Quem pilotava motos ou os garupas foram 27 óbitos; 25 pedestres morreram e 14 são pessoas que eram ocupantes de demais veículos.
No caso dos motociclistas, Vinícius Riverete destaca a prática perigosa que muitos utilizam: usar a mão para cobrir a placa ao passar por radares.
Nas próximas duas semanas estão programas diversas atividades na cidade para conscientização de todos que participam do trânsito. Palestras, bate-papos e apresentações teatrais fazem parte do cronograma.