Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) descobriram um código genético da cana-de-açúcar que potencializa a capacidade da planta em responder a eventos extremos de estresse, como a seca. A descoberta, agora, segue para uma nova fase de estudos para avaliar se é possível aplicar este mesmo código na soja, o principal produto de exportação do Brasil.
Os estudos abrem caminho para o desenvolvimento de uma nova espécie de soja, capaz de enfrentar as mudanças climáticas e reduzir os impactos ambientais causados com a produção agrícola em escala.
O professor Marcelo Menossi, do Laboratório de Genoma Funcional do Instituto de Biologia da Unicamp e responsável pela pesquisa, o estudo será um ganho, já que o país produz cerca de 40% de toda soja do mundo.
Ainda segundo o professor Marcelo, o desafio está no processo de introdução do material genético na planta, um procedimento que é bastante específico e realizado por poucos laboratórios no mundo.
Uma vez que o caso tenha sucesso, as plantas serão cultivadas em campo, em Goiás, para avaliar a produtividade da soja em condições de seca.
Com uma resposta positiva, será realizado o licenciamento para comercializar o produto.
Segundo os responsáveis pela pesquisa, este processo deve acontecer no período de 3 a 4 anos.