A greve dos servidores técnico-administrativos da Unicamp completa uma semana em meio à divergência entre o sindicato da categoria e a universidade estadual sobre os impactos do movimento.
Os trabalhadores que aderiram ao protesto reivindicam uma série de medidas econômicas e se colocam contra a implantação de ponto eletrônico para monitoramento da presença dos funcionários nos campi da universidade estadual.
A decisão pela greve foi tomada durante assembleia em 24 de agosto, mas o início ocorreu no dia 28.
A mobilização não inclui professores, representados por uma associação diferente, a Adunicamp, mas inclui funcionários dos dois colégios técnicos da Unicamp, Cotuca e Cotil.
A universidade estadual tem campi em Campinas, Limeira e Piracicaba. Atualmente, o quadro de servidores reúne aproximadamente 8,4 mil trabalhadores.
Antes deste movimento, a greve anterior da categoria foi em junho de 2019 para reivindicar reajuste salarial. O protesto mais longo na história da universidade estadual durou 112 dias, em 2014.
A pauta do funcionalismo inclui a não instalação do ponto eletrônico, abono de R$ 10 mil, isonomia com a USP, pagamento salarial no 1º dia útil do mês, e outras reivindicações.
Unicamp e STU não indicam percentuais de adesão à greve, segundo acompanhamento de cada um.
Durante a semana, a Unicamp alegou que nenhuma atividade ou serviço foi paralisado de forma significativa.
Além disso, frisou que a reitoria está aberta ao diálogo com o sindicato.
A entidade, por outro lado, disse que há reflexos no setor administrativo e considera que a posição da universidade visa “diminuir a força do movimento” diante de suposto quadro reduzido de funcionários.