Os acidentes envolvendo motocicletas nas rodovias mais movimentadas da região de Campinas até o início de outubro superam o número do ano passado. Em alguns casos, em pouco mais de nove meses de 2023, já houve mais ocorrências que em todo 2022.
É o caso do Sistema Anhanguera-Bandeirantes, que registrou 904 acidentes com motocicletas durante os 12 meses do ano passado e já tem 984 até o final de setembro. No Corredor Dom Pedro, entre 1 de janeiro e 10 de outubro, foram 336 ocorrências envolvendo motos, 20 a mais que no mesmo período do ano passado.
Já na Adhemar de Barros, a SP-340, já foram registrados 298 casos. No ano passado, foram 312 nos 12 meses, mas o número de mortes já subiu de sete para 18 envolvendo motociclistas. Alexandre Bueno, coordenador de tráfego da rodovia, atribui a imprudência a uma quantidade tão alta de óbitos.
Na Dom Pedro, as mortes em acidentes envolvendo motos cresceram de 16 para 20. Na Santos Dumont, em julho deste ano, três pessoas morreram durante um rolezinho de motocicletas, após um engavetamento. A designer Grazielly dos Santos Alves, que perdeu o marido, mas sobreviveu ao acidente, não quer mais correr riscos.
No Centro de Operações da concessionária Renovias, que administra a SP-340, em Mogi Mirim, a Polícia Rodoviária aplica diariamente cerca de 70 multas de trânsito, a maioria por imprudência.
