Piracicaba precisa, no mínimo, dobrar a extensão de área de florestas originais. O município conta atualmente com apenas 9% de vegetação nativa. Ambientalistas defendem que qualquer cidade deveria ter, no mínimo, 20% de mata nativa. São Pedro e Águas de São Pedro são cidades da região de Piracicaba que mais se aproximam dessa marca e preservam cerca de 16% da floresta original.
Os números foram divulgados durante o Encontro Nacional 2023 do Diálogo Florestal, realizado na sede do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) Brasil, em Piracicaba, nos dias 24 e 25 de outubro. A intenção era estabelecer metas para restaurar territórios.O presidente do Instituto Itapoty, Jorge Luiz Martins, ressaltou a importância do reflorestamento como ação que colabora no combate às mudanças climáticas. Os benefícios de restaurar as paisagens com as florestas narivas, segundo o ambientalista, são vários.
Como exemplo, há o projeto ‘Corredor Caipira’, que reflorestou uma área que fica na estrada do Distrito de Anhumas, em Piracicaba com cerca de 80 espécies de árvores, entre elas, Ingá, Fumo-bravo, Jatobá, Aroeira, Tamboril e Jequitibás. O engenheiro florestal Germano Chagas, coordenador técnico do projeto, fala sobre a recuperação da área, que antes, era ocupada por gado.
O engenheiro florestal afirma que o Corredor Caipira ainda pretende plantar mais 30 mil mudas, e explica os benefícios da iniciativa para o solo.
Participaram dos debates em Piracicaba representantes de empresas do setor florestal, membros do poder público, do terceiro setor, povos indígenas, estudiosos, entre outros especialistas do setor.