Dias depois de concluir o inquérito sobre o manejo de árvores no Bosque dos Jequitibás, o Ministério Público entrou com uma ação civil pública pedindo que a prefeitura de Campinas adote mecanismos para melhorar a gestão da Lagoa do Taquaral no que diz respeito às árvores e preservação das funções ecológicas e recreativas da área.
Para o MP, é necessário que o município adote medidas voltadas à preservação da integridade física dos usuários do parque, levando em consideração que o Taquaral recebe eventos artísticos, culturais e de lazer.
O pedido foi feito após o inquérito civil instaurado depois da queda do eucalipto que matou a menina Isabela Fermino, de 7 anos, e deixou duas pessoas feridas, em janeiro.
A ação foi levada para o poder Judiciário, e pede a elaboração de um inventário detalhado das árvores localizadas no espaço e a fixação de indenização, no valor de R$ 2 milhões, por danos morais coletivos referentes aos constantes riscos à saúde, à vida e à integridade física da população de Campinas em razão do descumprimento das normas de manejo adequado da arborização urbana no município.
Em nota, a prefeitura disse estranhar a ação do Ministério Público, e informou que o manejo de árvores foi feito após a realização de laudos técnicos e que o eucalipto que caiu estava saudável.
O inventário das árvores da Lagoa do Taquaral já foi concluído, de acordo com a administração. Árvores exóticas foram substituídas por mudas de espécies nativas.
Ainda conforme a prefeitura, cerca de 43 mil árvores já foram catalogadas nos bairros Chapadão, Taquaral, Chácaras Primavera, Bonfim e região. O inventário das árvores em outras regiões da cidade continua em andamento.
