O depoimento da biomédica Vanuza de Aguilar Takata à Polícia Civil durou quase duas horas. Enquanto ela era ouvida, na tarde desta quarta-feira (18), familiares da fotógrafa Roberta Correa, de 44 anos, morta durante a aplicação de um endolaser, aguardavam do lado de fora da delegacia, em Cosmópolis. O pai e uma tia da vítima pediam por justiça. O irmão da fotógrafa, Adriano Corrêa, afirmou à CBN que a clínica de estética não teria estrutura para realizar o procedimento.
Roberta teve uma parada cardíaca e morreu na última sexta-feira (13), após ficar internada na Santa Casa de Cosmópolis. Ela procurou a biomédica para fazer um endolaser, técnica para remover gordura localizada. Após o depoimento, a responsável pela clínica deixou a delegacia sem conversar com a imprensa. O advogado de defesa da biomédica, João Paulo Sangion, aponta porém a participação de uma segunda profissional no procedimento. Isabella Dourado Fernandes, de 29 anos, é quem teria aplicado a anestesia na paciente.
O advogado afirmou que o socorro à fotógrafa foi rápido, e levou menos que cinco minutos. A defesa de Vanuza alegou ainda que descobriu que a anestesista, que se apresentava como biomédica, na verdade é esteticista e cosmetóloga. Era a primeira vez que ela e Vanuza trabalhavam juntas
A investigação da Polícia Civil continua. Isabella mora em São Paulo, mas os advogados de defesa da esteticista informaram que ela deve se apresentar em Cosmópolis nos próximos dias. Na última terça-feira, a polícia também esteve no salão onde foi realizado o procedimento, em Cosmópolis. Foram recolhidos alguns materiais no local e solicitada perícia do Instituto de Criminalística no espaço.