O sargento Claudio Henrique Frare Gouveia que matou com tiros de fuzil dois policiais militares da 3ª Companhia da Polícia Militar, em Salto, foi condenado a 45 anos de prisão em regime fechado por duplo homicídio, sem direito a recorrer em liberdade.
A promotora de Justiça Militar, Giovana Guerreiro, apresentou a denúncia de prática de dois homicídios duplamente qualificados, pelo motivo fútil e pelo recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. O Claudio Gouveia está preso no Presídio Militar Romão Gomes.
Foram feitos nove disparos de fuzil contra o capitão Josias Justi da Conceição Junior e quatro contra o sargento Roberto Aparecido da Silva.
A ação teria sido motivada pela insatisfação do sargento em relação à alteração de escala de serviço. O capitão Josias trocou a escala do sargento para confrontar com a escala da esposa dele, que também é policial militar. O advogado ainda afirmou que o sargento estava sendo perseguido.
Os corpos do sargento Roberto e do capitão Josias foram enterrados no dia 16 de maio, no Cemitério Pax, em Sorocaba. Josias, de 39 anos, era casado e tinha dois filhos, de cinco e três anos. Já Roberto, de 52 anos, deixou a esposa e três filhos, de 29, 18 e 15 anos.
A defesa do sargento informou que vai recorrer em instância superior.