Barranco que desabou no Recanto dos Dourados segue aberto

Foto: Enzo Urnhani

Aberto há dez dias, parte do barranco que desabou no Recanto dos Dourados, em Campinas, segue atrapalhando a vida de quem mora na região. O bairro foi um dos pontos da cidade que mais sofreu com as fortes chuvas deste mês de novembro. 

A terra que desceu do barranco atingiu os fundos da casa da dona Romilda Aparecida. Ninguém ficou ferido. De acordo com ela, a Defesa Civil já passou cinco vezes no local, porém, até o momento, nada foi feito. 

A cratera fica em uma rua sem saída, o que dificulta a passagem dos moradores. E com as chuvas desta semana, o buraco está cada vez maior. Uma outra moradora, inclusive, quase caiu no barranco tentando passar de moto. Por conta disso, os moradores decidiram fazer uma barragem improvisada para evitar acidentes. 

Mesmo assim, esse bloqueio não impede que a água entre na casa da Romilda. A filha dela, Jéssica Pereira, é mãe de três filhos. Ela explica que, por conta das águas que invadiram a residência e da dificuldade de chegar no local, as duas estão dormindo na casa de vizinhos. 

No dia 19 de novembro, quando o buraco abriu, as ruas do bairro Recanto dos Dourados também foram alagadas. Como a região não tem pavimentação e nem rede de drenagem de águas pluviais, a administração havia dito que faria um estudo de macrodrenagem para o bairro.

Equipes da Defesa Civil foram até o local, porém, apenas para averiguar a situação do casal que mora na casa atingida pela terra. A situação do barranco ainda não havia sido definida. 

Além disso, um outro buraco foi aberto em uma rua no bairro e um cano da Sanasa ficou exposto. Esse problema havia sido resolvido, mas a fissura acabou reabrindo também por conta da chuva.

Em nota, a administração pública informou que para estabilizar o barranco que desabou no Recanto dos Dourados, a Secretaria de Serviços Públicos vai recompor o terreno com material de construção civil, já que a área citada pela reportagem é uma ocupação irregular.

Para que a obra seja executada, a moradia que existe no local será demolida. A obra será iniciada assim que a residência for demolida. A Secretaria de Habitação vai ofertar à família o auxílio-aluguel.

A Sanasa informou que não é possível fazer as intervenções técnicas necessárias enquanto o solo estiver encharcado. Assim que houver boa condição climática, o serviço será executado.

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