Dos 10 cruzamentos mais perigosos de Campinas listados pela Emdec, sete estão na avenida John Boyd Dunlop. Quando a lista é ampliada para os 50 mais problemáticos, a John Boyd tem 17 pontos entre os mais críticos.
Além disso, das 10 mortes ocorridas de 2018 a 2023 nas vias com mais acidentes de trânsito, 60% estava em algum cruzamento da avenida. O cruzamento mais perigoso é o da John Boyd com a rua Mário Scolari. Ele foi campeão de acidentes com e sem vítimas, foram 110. Em seguida aparecem no ranking os cruzamentos da John Boyd Dunlop com a Rodovia dos Bandeirantes, próximo a avenida Brasília e Balão do Londres.
No trecho da rua Mário Scolari algumas intervenções já foram feitas para tentar aumentar a segurança. Em junho deste ano, foi feita uma reconfiguração geométrica do solo e a inversão da mão de direção pra tentar aumentar a segurança.
Um trecho de calçada foi aumentado para que pedestres tivessem mais espaço para atravessar a rua e os carros não possam virar a direita.
O aposentado José Figueiredo mora próximo a JBD há muitos anos e diz que já viu muitos acidentes. Pra ele, a maior motivação é a imprudência dos motoristas.
O frentista Antônio de Souza disse que a obra feita pra tentar diminuir os acidentes pode ter causado um efeito colateral: a redução no nível de visibilidade dos motoristas já que o cruzamento foi estreitado.
Com 15 quilômetros de extensão e 47 cruzamentos, a John Boyd Dunlop corta cerca de 90 bairros de Campinas, indo desde o balão da Vila Teixeira até a entrada dos bairros Parque Valença e Santa Rosa, sendo importante via de ligação com o distrito do Campo Grande.