Campinas registra todos os dias em média 27 casos de vandalismo contra os ônibus do transporte público da cidade. Atitude criminosa que prejudica sobretudo os trabalhadores e a população que mais precisa.
Após um casal ser atingido por um coco dentro de um ônibus em Campinas, os casos de depredação voltaram a ser destaque no noticiário. Um levantamento feito pelo SetCamp a pedido do jornalismo do Grupo EP aponta que ocorrem, diariamente, 27 casos de vandalismo nos ônibus da cidade por dia. Vandalismo que inclui pichações de bancos, arrancar botoeiras, alçapões, vidros, entre outros atos.
A média de ocorrências por mês chegou a 1,8 mil, número nove vezes maior do que a média histórica, que girava em torno de 120. Os números consideram apenas os ônibus convencionais, que fazem parte da frota das concessionárias.
A agressão ao casal Juliana Vitoria Ramos e Diego Augusto Ramos aconteceu no final do mês de outubro. Eles tinham acabado de embarcar no ônibus no centro de Campinas, como a auxiliar de serviços administrativos contou em entrevista à EPTV. Diego conta que sentiu os estilhaços de vidro no rosto.
Os ônibus pichados precisam ser retirados de circulação para passarem por limpeza e reparos. Isso faz com que haja menos veículos em circulação, prejudicando duplamente a população. Quem circula todos os dias nota de perto a situação.
O servente de pedreiro Eduardo Trindade pega as linhas 239 e 153, as condições precárias causadas pelo vandalismo deixam as viagens mais desagradáveis.
Após a identificação de um veículo vandalizado, começa o trabalho de muita gente para a limpeza e manutenção, como detalha Paulo Barddal, diretor de comunicação do SetCamp. Ainda conforme o SetCamp, o prejuízo para a reparação por veículo chega a ser de R$ 10 mil.
