Quem frequenta a região da linha férrea da Rua Duque de Caxias com Pref. José Nicolau Lugero Masseli, na região da Vila Industrial, precisa tomar cuidado em meio a onda de violência no local. O número de usuários de drogas é cada vez maior, o que causa medo nos moradores e comerciantes.
Grande parte dos estabelecimentos comerciais funcionam até às 18h durante os dias da semana. De acordo com o gerente da loja, Gustavo Brandão, os clientes têm medo de frequentar a região depois desse horário.
Outra comerciante, que preferiu não se identificar por medo da violência, explica que alguns clientes tem medo até de sair do carro para pegar os produtos.
A Guarda de Campinas vem realizando operações na área de linha férrea na Vila Industrial há um tempo. Juntando as últimas operações, ao menos 85 pessoas foram abordadas, 28. Dessas, pelo menos quatro estavam na saída temporária por conta das festas de final de ano.
Diversas armas brancas foram achadas no local e descartadas, além de produtos que eram utilizados para o consumo de drogas.
O balanço mais recente mostra que a corporação realizou 42 prisões e atendeu 2.437 ocorrências. Neste período foram apreendidos 1,7 kg de drogas, R$ 3,3 mil em dinheiro, 383 kg de fiação de cobre sem procedência e duas armas de fogo.
Essa área da linha férrea é administrada pela empresa Rumo Logística. De acordo com o subcomandante da Guarda Municipal, Edilson Silva, em novembro, a corporação havia pedido à empresa e também ao Ministério Público que limpassem a área, o que não aconteceu até hoje.
Em nota, a Rumo Logística afirma que a presença dos usuários de entorpecentes na região da rua Duque de Caxias é uma questão que cabe ao poder público, responsável pela manutenção da segurança pública. Com relação à segurança de pedestres, a empresa disponibiliza em seus canais oficiais de comunicação uma série de informações com dicas de prevenção de acidentes.
Entre as orientações, a concessionária explica que é fundamental redobrar os cuidados e não adotar práticas que colocam em risco a vida, como pegar carona no trem ou tentar atravessar entre os vagões, por exemplo. Nem sempre o maquinista consegue visualizar situações em que pessoas se colocam em perigo, em razão do tamanho das composições.
Procurado para saber se poderia atuar de alguma forma, o MPSP informou, por meio da assessoria de imprensa, que o órgão está em recesso e retorna em 8 de janeiro, quando a promotoria poderá ser acionada para verificar se há algo protocolado com relação ao assunto.