Grupo de Barão Geraldo discorda de posições da Prefeitura sobre o PIDS

Foto: Danilo Braga

O movimento Mobiliza Barão, formado por moradores e pessoas relacionadas ao distrito de Barão Geraldo, contesta alguns dos pontos de vista do Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano de Campinas, Marcelo Coluccini, sobre as novas regras de zoneamento para a região do Polo de Inovação para o Desenvolvimento Sustentável de Campinas (PIDS).

Eleonore Setz é professora da Unicamp, doutora em ecologia, especialista em fauna silvestre. Ela afirma que o desenvolvimento proposto para Barão Geraldo pelo PIDS não se configura, de fato, uma proposta de desenvolvimento, pois não melhora a qualidade de vida dos moradores. Uma das falas do secretário que ela contesta é a relacionada ao Parque Anhumas, que segundo o secretário irá cruzar toda a área do PIDS. “Toda a área pressuposta para o parque é área atualmente particular, e o que eles indicaram é que cada cada proprietário, a medida que fosse urbanizar, ele então teria que entregar a prefeitura uma uma porção ligada ao parque, seria dependente da vontade dos proprietários em ceder essa parte.”

Ou seja, o parque só sairia da forma citada pelo secretário caso haja concordância dos proprietários de áreas. Porém, a exigência de contrapartidas para autorização de construções constituem um dos pontos citados pelo secretário para que o projeto seja bem sucedido.

Eleonore Setz aponta também outros problemas que a maior urbanização do distrito pode gerar. “Maior impermeabilização da região, favorece as enchentes, isso sem falar no trânsito e as questões de segurança. Nós estamos cercados por rodovias, porque as rodovias ficam entupidas nos diferentes horários de entrada e saída. Isso já está desse jeito, quer dizer, com mais 60 mil habitantes vai ficar simplesmente impossível”.

Em relação à fala do secretário que afirma que a urbanização pode ser até melhor do ponto de vista ambiental para o distrito se comparada com áreas rurais abandonadas, a professora discorda, e afirma que na área da Fazenda Argentina, por exemplo, são encontradas durante pesquisas passgens de animais como onças-pardas, gatos do mato, jaguatiricas, presas como tatus, entre outros. Ou seja, há fauna ocupando áreas que rurais que possam estar sendo consideradas abandonadas.

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