O número de estupros denunciados à Polícia Civil na região de Campinas bateu o recorde da série histórica, iniciada em 2001. Foram 1.114 ocorrências entre janeiro e novembro, o que representa uma média de três casos por dia, segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Os dados se referem aos registros feitos em delegacias na área do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 2 (Deinter-2), com sede em Campinas e composto por 37 municípios. O total representa alta de 5,3% em relação ao todo o ano de 2022.
A advogada Jaqueline Gachet destaca que de forma geral, em todo o Brasil, a maior parcela dos casos envolve o estupro de vulnerável, ou seja, crianças e adolescentes menores de 13 anos. Não somente os casos envolvendo conjunção carnal são considerados estupro. Um beijo forçado, por exemplo, se enquadra como violência sexual.
Denúncias de violência contra a mulher podem ser feitas pelo telefone 190, da Polícia Militar, ou pelo 180, na Central de Atendimento à Mulher. Para atendimento presencial, a vítima pode recorrer às delegacias do município.
Em Campinas, são duas unidades especializadas. A 1ª Delegacia da Mulher (DDM) de Campinas está localizada na Av. Dr. Antônio Carlos Sáles Júnior, 310, no Jardim Proença I. O horário de funcionamento é das 9h às 17h. Já a 2ª DDM, que permanece aberta 24h por dia, fica na Rua Ferdinando Panattoni, 590, no Jardim Pauliceia.
