A chegada do verão, estação mais quente do ano, acende um alerta: os casos de afogamento de crianças aumentam. Entre os meses de dezembro e março são registradas quase metade das ocorrências do ano todo no Brasil. Isso significa que a cada três dias, uma criança morre afogada no país.
Dados do Boletim Epidemiológico de Afogamentos no Brasil, divulgados pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), mostram que afogamento é a primeira causa de morte de crianças com idades entre 1 e 4 anos no país, e metade desses casos ocorrem dentro de casa.
Em entrevista à CBN, a Dra. Anna Bohn, pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria, orienta sobre como manter as crianças seguras em ambientes com piscina. A pediatra alerta que esse tipo de acidente é silencioso e abrupto, e também pode acontecer em baldes, bacias, banheiras e até mesmo no tanque de lavar roupas.
A morte por afogamento acontece por asfixia devido à aspiração de líquido, que obstrui as vias aéreas, como traqueia e pulmões. Essa obstrução causa a falta de oxigênio no sangue. Em caso de acidente, se a criança estiver desacordada, o socorro deve ser acionado o mais rápido possível, ou iniciada a massagem cardíaca.
Se a criança estiver engasgada e tossindo, algumas dicas de primeiros socorros ajudam a ampliar a ‘janela’ para acionar o resgate.
Além do afogamento levar a criança à morte, nos casos em que a criança é socorrida e sobrevive, há o risco de sequelas neurológicas graves, como diminuição da coordenação motora, convulsões e até mesmo tetraplegia.