O preço pago ao produtor de arroz no mês de janeiro gira em torno de R$ 129,08 por saca de 50 quilos, indica o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. O valor é 41,3% superior à média de janeiro do ano passado.
Já para o consumidor, segundo o IPCA (Indíce Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de janeiro a dezembro de 2023, o arroz acumulou inflação de 23,29% no Estado de São Paulo – índice bem próximo do registrado no país, de 24,54%.
O ano de 2023 começou com o quilo sendo vendido, em média, por R$ 5,04, e terminou com o quilo custando R$ 5,99 – ou R$ 29,95 o pacote com cinco quilos. O item, essencial no prato do brasileiro, está pressionando o orçamento do empresário Luiz Hashimoto, dono de um restaurante no Centro de Campinas que oferece pratos feitos e executivos.
Ulisses Gonçalves, proprietário de uma lanchonete no Centro, também afirma que repassar o aumento aos clientes não é viável.
O economista do Observatório da PUC-Campinas, Pedro de Miranda Costa, afirma que vários fatores influenciaram na disparada do preço do arroz.
Já o feijão carioca teve disparada em maio de 2023, quando o quilo chegou a custar, em média, R$ 10,13, mas fechou o ano com os preços em queda. Em dezembro, o quilo custava, em média, R$ 7,98. Considerado o preferido dos brasileiros, fechou 2023 com queda acumulada de 13,77% no IPCA. Mas, segundo o economista, a tendência é de alta em 2024.
Para 2024, a estimativa era de que a colheita do feijão fosse de aproximadamente 3 milhões de toneladas, mas a safra deve registrar retração de mais ou menos 2,5%. Com isso, o preço deve subir com maior intensidade até março.