Campinas registrou alta de 17,7% na quantidade de moradores que precisam de atendimento médico domiciliar pelo SUS. O total de cadastrados saltou de 1.151, em 2020, para 1.355 pacientes em 2023, segundo balanço da Secretaria Municipal de Saúde. São atendidas pessoas acamadas ou com dificuldade de locomoção.
Fábio, filho da Ana Paula Cardoso, passou seis anos internado no Hospital Mário Gatti, e agora espera em casa por um transplante de pulmão. O menino depende de uma máquina de ventilação mecânica para respirar, por isso, o deslocamento é complicado.
A médica pediatra Camila Camargo acompanha o tratamento do Fábio. Segundo ela, o programa oferece mais conforto ao paciente, e ao mesmo tempo, ajuda a desocupar leitos hospitalares. Para o sucesso do tratamento, as mães e familiares responsáveis pelos cuidados do paciente recebem um treinamento, e são acompanhados por uma equipe multidisciplinar.
De acordo com Bruno Andrade, médico-coordenador da atenção domiciliar de Campinas, as demandas para o Serviço de Assistência Domiciliar (SAD) surgem das unidades de atendimento de Campinas, e cada paciente é atendido por diferentes especialistas – em alguns casos, até dez vezes por mês.
Pacientes sem possibilidade de cura ou com sequelas também são atendidos pelo SAD, e recebem cuidados paliativos.
A família de Odair entrou nos critérios do serviço. Ele sofreu um aneurisma grave e ficou acamado. Cássia Hengler, esposa do Odair, é técnica de enfermagem. Mesmo trabalhando na área da saúde, considera que seria muito difícil manter os cuidados com o marido sem receber ajuda.
O programa “Melhor em Casa”, preconizado pelo Governo Federal, está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) dos municípios.